domingo, 26 de agosto de 2007

3

Oscar pára o carro em frente ao prédio. Cinco minutos depois avista Leandro sair e procurar seu carro estacionado um pouco à frente no escuro da sombra de uma árvore. Ele está um tanto quanto... Esfuziante. Alegre. Re-bo-la-ti-vo. Ai, ai, ai... Tudo bem! Veste um jeans justo, uma baby-look e um cinto vermelho... So-bre-pos-to... Prefere nem olhar para os pés para não ver o que está calçando. Poderá ser um tênis vermelho de vinil comprado em algum brechó em homenagem aos clubber dos anos 90. O corpo magro faz que a silhueta não seja diferente de tantas meninas quase anoréxicas sem seios com aparência de meninos que há por aí. Talvez se Leandro tivesse um visual “emo” seria melhor para justificar – “não, ele não é gay etc e tal, é emo!”, pensa Oscar. Porque emo não é gay, apesar de parecer gay. Dizem. Mas no fundo, no fundo, bem no fundo, Oscar sabe que há alguma coisa naquele jeito de Leandro que o excita.

“Oi.”

“Oi. Ainda está bravo?” – pergunta Oscar.

“Estou.”

“Você tem que entender...”

“O que você quer comigo?”

“Não sei... Ser seu amigo.”

“Você já disse que não tem amigos gays.”

“Eu só não quero misturar as coisas.”

“Você quer levar uma vida dupla.”

“Não. Eu...”

“Você não sabe o que quer.”

“Vamos dar uma volta?”

“Não quer subir?”

“Prefiro dar uma volta... Tudo bem?”

“Tudo. Vamos nessa.”

Oscar passa em um DriveTrue do McDonald e pega lanche para os dois. Comem dentro do carro. Oscar dá a partida e segue sem destino, nenhum e nem o outro fala nada. O som em volume alto, os vidros abertos, o vento da noite... Rodam por ruas movimentadas, depois mais desertas e finalmente Oscar estaciona em lugar bem deserto.

“Cara. Nunca fiz isso. Nunca tinha acontecido comigo antes de ficar com um cara.” – Oscar.

“Você pode não ter feito, mas acho que sempre teve vontade.”

“É diferente. Está bem... Admito, faz tempo sim que tenho vontade. Mas é barra, minha vida...”

Leandro inclina-se sobre Oscar. Com as duas mãos toca o tórax e vai descendo, percorrendo os músculos definidos sob a camiseta, sente cada gomo do abdome. Oscar de respiração ofegante não reage, apenas reclina o banco para dar mais espaço para Leandro. Surpresa. Depois do que pareceu uma eternidade, tempo em que Leandro tocou Oscar como que enfeitiçando com olhos que não se desviaram uns dos outros, Oscar sai dessa posição passiva e puxa Leandro com força para junto de si. Rola um beijo. Um beijo que parecia tão distante de acontecer. A princípio uma língua reticente entra na boa de Leandro, mas aos poucos vai invadindo com lascívia quase até a garganta. Da boca ao pescoço. Oscar arranca a camiseta de Leandro e lambe os mamilos rosados, a pele é branca, lisinha... As mãos de Leandro já abriram o jeans de Oscar e seguram o pau duro. É grosso! Acaricia com os dedos delicados que envolvem o membro como tentáculos de um monstro marinho preste a abocanhar. Leandro liberta-se dos lábios famintos de Oscar e vai dar ocupação a sua boca, chupar o pau duro e arrancar de Oscar gemidos intensos. Com habilidade a língua de Leandro percorre toda a extensão do membro pulsante, lambendo também o saco liso de bolas são grandes. Se houvesse mais espaço lamberia mais, as coxas firmes etcetc. O espaço interno do carro limita tudo. Consegue engolir o pau grosso de Oscar a ponto que sentir a cabeça chegar lá na garganta. Oscar geme alto enquanto segura a cabeça de Leandro com as duas mãos. Em minutos todo o corpo de Oscar estremece e a boca de Leandro é inundada com o gosto do prazer de seu macho... Seu macho?